Petra

Para visitar Petra é melhor chegar cedo, então às 8 estávamos na van. O centro de recepção aos turistas oferece informações, tíquetes, banheiros e um museu.

Antes de entrar na Jordânia, adquirimos o Jordan Pass por 75 JOD que, além de incluir  o visto de entrada e a taxa de saída, dá direito a 40 atrações e dois dias de entrada em Petra . Valeu muito a pena pois, pode-se entrar em quase todas as atrações da Jordânia e, em Petra, a entrada custa 50 JOD para um dia e 55 JOD para dois dias.

Armados de água e chapéu – esquecemos o filtro solar!,  começamos a andar. Para os que não querem andar muito há charretes e cavalos disponíveis. E burricos para subir os morros.

Há vestígios que indicam que Petra foi habitada desde 7000 a C. Na Idade do Ferro, 1200 a 539 a C, viviam ali os Edomitas.  Os Nabateus, que fizeram o esplendor de Petra, eram um povo nômade da Arábia, que chegou a Petra no final do sec VI a.C. Com água abundante, a proteção natural do desfiladeiro e a recepção acolhedora dos Edomitas, o local atraiu os nômades. 

Os Nabateus eram agricultores e pastores mas a principal atividade era comercial . As caravanas da Rota da Seda, paravam em Petra em função da disponibilidade de água e de proteção contra salteadores, pagando à cidade altos impostos sobre todos os produtos que passavam pela cidade. Isto tornou os Nabateus extremamente ricos.

Criaram um sistema de captação e controle das águas que trazia água de uma fonte a vários quilômetros da cidade e também evitava inundações na época das chuvas.

Anda-se 1200m por um desfiladeiro até se atingir o primeiro grande espaço onde está a escultura de uma fachada na rocha, chamada O Tesouro. Como os Nabateus eram um povo nômade sua arquitetura apresenta elementos de diversas culturas como egipcios, bizantinos, romanos, etc. Supõe-se que essas fachadas monumentais fossem tumbas ou servissem a algum tipo de ritual.

O Tesouro

Além das fachadas, os Nabateus construíram palácios e residências escavados na rocha, além de um anfiteatro.

Anfiteatro

Subimos um morro para ver o Altar dos Sacrifícios.  Uma plataforma com uma espécie de piscina  escavada na rocha para a captação de água de chuva. 

Junto a ela está um altar ao lado do qual se vê uma peça em pedra com dois círculos concêntricos e, no fundo, uma saída para líquidos.  Não se tem certeza sobre o seu uso mas poderia ser o local de sacrifício e captação do sangue derramado. É possível que seja anterior aos Nabateus.  A vista lá de cima é maravilhosa e por si só vale a subida.

Nesse dia andamos uns 7 km. No dia seguinte pegamos uma charrete até o restaurante  Basin , onde pegaríamos a trilha para ir ao Monastério. Isto nos economizou 14 km ( 7 para ir e 7 para voltar) a pé. Subimos 800 degraus na montanha mas valeu a pena!

Monastério

Os romanos chegaram em 64 a.C e, em 106 a.C anexaram o reino dos Nabateus. Sob o domínio romano foram feitas diversas alterações na arquitetura da cidade como a ampliação do teatro, pavimentação da Rua de Colunatas e construção de um arco do triunfo que recebeu o nome de Adriano Petra

Os romanos desviaram as rotas comerciais  de Petra e a cidade foi perdendo sua importância. Aos poucos foi se esvaziando e, por fim, só era conhecida e mantida em segredo pelos beduínos. Em 1812 o explorador suíço Johan Ludwig Burkhardt, ouviu boatos sobre  uma cidade perdida e convenceu seu guia a levá-lo até lá, disfarçado de beduíno. E Petra voltou a brilhar!

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